quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Perco-te

O que me custa é sentir que o que perco é tudo o que sei que poderiamos voltar a ter. Já tivemos antes. O que me custa é que a tua desistência me afaste invariavelmente de ti. Perco o desejo porque recordo apenas momentos fugazes no tempo agora esmagados pela distância. Tolda-me a memória. Esqueço-me dos recantos. Antagonicamente afastados. Caminhos paralelos sem perpendicularidade.
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O que fica é o amor, tens razão. Mas um amor puro, daquele que não nos permitirá regressar à entrega dos corpos, das almas, de fusão, daquela, nossa, só nossa, tão nossa... que sei que não esqueceremos nunca.

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