sábado, 3 de abril de 2010

Uma cabeça sonha nuvens para o mundo real.
A mão constrói um barco de folhas para o espaço.
O corpo perfaz o mundo em acordes nupciais.
A fragrância derrama-se em reverências cintilantes.
Sopro a sopro, os tesouros passam no ar ligeiro.
Que evidentes delícias de musicais relevos!
Íntimo dentro do espaço,agora sou quem sou,
(o que respira e recebe),
Tudo culmina aqui em leve plenitude
(tão fácil que é de todos),
unânime confidência.

António Ramos Rosa,
O Não e o Sim

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