quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dança-me a alma agora

Dança-me a alma, agora. Numa dança serena e intensa em que os dois corpos se fundem num monstro a que chamamos amor. Aquele que doía ontem, que continua a doer hoje mas que se lambe a ele próprio e sara as feridas que construiu.
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Dança-me a alma, agora. Numa prova certa, cuja significância não passa de que tudo passará. Tudo. Mesmo a sangria provocada pela contradição e sufocada pelo medo.
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Dança-me a alma, agora. Que renasci de um amor completo na sua construção e reconhecimento eternos. Pelo tempo. Pelo passado. Pelo medo.
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Dança-me a alma, agora. Agora que sinto o teu sorriso nos meus lábios e a tua euforia nas minhas costas arrepiadas pelo sufoco que é desejar-te.
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Dança-me a alma, agora, porque é agora que danço contigo, a dança do crescimento interior ao som da música com os movimentos a que este caminho nos obriga.
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Dança-me. Dança-me agora a alma.

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