sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Prioridades

Se há algo que tenho tentado aprender na vida, é a prioritizar os seus acontecimentos de forma robusta. Ter noção da importância das coisas. Das pessoas. Das atitudes. Medi-las e tomar decisões que estruturalmente me tornem numa pessoa melhor, mais lúcida, mais justa, mais ... pessoa.
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Se até agora a grande prioridade da minha vida foi a carreia profissional, se investi verdadeiramente 10 anos para ser alguém, não consigo entender se, chegar a um ponto em que o emprego é tranquilo, relativamente pouco exigente e com um horário relaxado, é bom ou é mau. Porque se, por um lado, me desmotiva porque não há envolvimento, paixão, (mais)desenvolvimento e estimulação intelectual, por outro tenho verdadeiramente tempo para quase tudo o resto. Se por um lado sinto que não aprendo nada e que não estou a evoluir na minha área de especialidade, por outro sinto que já aprendi tanto que talvez seja difícil aprender mais. Se por um lado me deveria sentir uma felizarda, por outro sinto que preciso sempre de motivação extra.

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Portanto estará na altura de redefinir as prioridades. Porque sinto que cheguei a um máximo relativo da função da vida. Tenho de passar para outro. Avançar na sinusóide do tempo. Talvez aceitar que ganhar um ordenado confortável ao fim do mês num emprego que me permite estar em casa todos os dias ás 18:00 e sair de casa as 8:45 não é mau, e talvez perfeito para dar, agora, aso a outros projectos...

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