quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mentiras

Eu apanho muitas pessoas a mentir. Como espero pouco das pessoas em geral, a verdade é que não me desiludem muito. Nem tão pouco me surpreende a facilidade com que as apanho a mentir, porque sinceramente acho que a maior parte das pessoas é mais burra que eu, mas acha-se espertalhona. Ajuda o facto de eu ser desconfiada. Eu raramente mostro que apanhei as pessoas numa mentira, o confronto directo ao estilo por as cartas na mesa nunca foi comigo. É um defeito, eu sei. Mas diz-me a experiência que os mentirosos gostam de fazer alarde da honra como se fosse crime questionar a deles e eu tenho pouca paciência para falsos ofendidos. Mas quando descubro uma mentira gosto de fazer as pessoas se enrolarem nelas como se fosse uma cobra. Guardo sempre uma carta na manga. As mentiras são veneno e eu tenho o prazer sádico de ver as pessoas se engasgarem no próprio veneno. Pensando melhor, não. É mais como a metáfora do sapo e do escorpião, os mentirosos podem ver-se entalados nas suas próprias mentiras, mas ao mesmo tempo morre um pedacinho de mim. Um pedacinho que tem esperança que as pessoas sejam mais honestas. As pessoas mentem e há algumas que não, mas essas são a excepção que confirma a regra como dizia o meu professor de latim.

2 comentários:

Checa disse...

Gostei do teu espacinho!

Identifico-me muito com este texto!

Beijinho

Érika Teixeira disse...

Cantinho bonito esse seu.

Fica irresistivel, não seguir.

Aparece pelo meu!

Veja se gosta.

Beijos!