quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Porque escrevo eu amor?

Porque escrevo eu amor? Porque é de amor que vivo e me alimento. Porque é amando que se torna possível distribuir a minha génese, o mais puro de  mim. O mais forte e mais verdadeiro.
Escrevo amor porque é o amor que me move. Que me constrói e enche. É este modo de vida que me dá esperança e alento e transforma em milagres todos os meus desejos. É assim que me estruturo como pessoa e contorno as armadilhas sorrindo para elas, fazendo caretas.
Amar é paz.
Amando, sou muito mais tolerante e feliz. Menos egoísta e egocêntrica.  Consigo perceber que afinal o mundo não gira à volta do meu umbigo. Para o bem e para o mal. Nem sempre palavras soltas são ataques pessoais. Nem sempre dias cinzentos são nuvens a tapar o "meu" sol. Nem sempre gritos são chamadas de atenção.
Amar também é aceitar e compreender. Amar é saber proteger. É ser almofada para lágrimas e dias menos bons. É aconchegar. Proteger. Salvar. Ouvir. Dar sem pedir. Ir sem viagem de regresso.
Amar é arriscar, confiar e acreditar. Respirar e sentir. É vida. É essência.
Amar é enfeitar a vida e escrever a dançar. Acordar a sorrir e respirar felicidade. É costurar os caminhos e remedar a lua em noites de quarto minguante. Pintar estrelas de cores cintilantes. Ouvir o céu. Ouvir o mar. Ouvir o silêncio de quem se ama. 
Amar é viver e é porque amo a vida que escrevo amor.

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