segunda-feira, 2 de abril de 2012

Não vou virar as costas... mas... deixarei fluir...

Há feridas que, por mais que as lamba, não saram. Há mágoas que por mais que tente não consigo esquecer. Há fantasmas que por mais que feche os olhos e apague a luz, não desparecem.
Bem sei que o medo me trás apenas más energias. Bem sei que não desenho o destino. Bem sei que não tenho de controlar a vida dos outros. Bem sei… mas sofro tanto com tanto receio que os que mais amo sofram, que por vezes me magoo infinitamente e nada resolvo.
Sinto-me presa, sinto-me tensa, preocupada, sinto que não tenho conseguido usufruir de cada momento, como apraz.

Quero aprender a deixar ir, a deixar fluir, a flutuar. Não permitir que os problemas toldem a nuvem em que desejo voar. Quero ser mais leve. Quero aprender a sê-lo.
Sinto-me perdida no meio de milhões de medos e problemas que não são meus, e qual polvo, coloco um tentáculo e toda a energia em cada um deles, sem sucesso …
Queria muito mudar. Olhar mais para dentro. Relaxar e preparar-me para as consequências das decisões que cada um decide tomar para a sua própria vida. Proteger mais a minha alma e deixa-los, também a eles, planar nas suas opções.
Perco-me nas evidências e nas certezas de que era melhor mudar. É evidente para mim, aos olhos do meu coração, que as escolhas não são as melhores… mas são as escolhas possíveis, e são isso mesmo... escolhas...
Tentarei ser mais eu, mais por mim, mais de mim, mais para mim. Menos preocupada, menos protetora, menos dos outros, … e o que tiver de ser… com certeza que será, e sê-lo-á na medida que seja o que for melhor. Não posso duvidar de que o meu caminho é só de quem quiser caminhar a meu lado, e apenas enquanto assim o desejar.

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