Há feridas que, por mais que as lamba, não saram. Há mágoas que por mais que tente não consigo esquecer. Há fantasmas que por mais que feche os olhos e apague a luz, não desparecem.
Bem sei que o medo me trás apenas más energias. Bem sei que não desenho o destino. Bem sei que não tenho de controlar a vida dos outros. Bem sei… mas sofro tanto com tanto receio que os que mais amo sofram, que por vezes me magoo infinitamente e nada resolvo.
Sinto-me presa, sinto-me tensa, preocupada, sinto que não tenho conseguido usufruir de cada momento, como apraz.
Quero aprender a deixar ir, a deixar fluir, a flutuar. Não permitir que os problemas toldem a nuvem em que desejo voar. Quero ser mais leve. Quero aprender a sê-lo.
Quero aprender a deixar ir, a deixar fluir, a flutuar. Não permitir que os problemas toldem a nuvem em que desejo voar. Quero ser mais leve. Quero aprender a sê-lo.
Sinto-me perdida no meio de milhões de medos e problemas que não são meus, e qual polvo, coloco um tentáculo e toda a energia em cada um deles, sem sucesso …
Queria muito mudar. Olhar mais para dentro. Relaxar e preparar-me para as consequências das decisões que cada um decide tomar para a sua própria vida. Proteger mais a minha alma e deixa-los, também a eles, planar nas suas opções.
Perco-me nas evidências e nas certezas de que era melhor mudar. É evidente para mim, aos olhos do meu coração, que as escolhas não são as melhores… mas são as escolhas possíveis, e são isso mesmo... escolhas...
Tentarei ser mais eu, mais por mim, mais de mim, mais para mim. Menos preocupada, menos protetora, menos dos outros, … e o que tiver de ser… com certeza que será, e sê-lo-á na medida que seja o que for melhor. Não posso duvidar de que o meu caminho é só de quem quiser caminhar a meu lado, e apenas enquanto assim o desejar.
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