terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sacudo o peito, a alma e o coração.

Sacudo o peito, a alma, e o coração. Espremo tudo o que tenho e devolvo a vida ao destino e o destino ás tuas mãos, cirúrgicas, gigantes e suaves. Acolho-me em ti. Recolho-me no nosso mundo.
Sacudo um tudo de emoções que me esmagam contra o amor ímpar e desigual. Único. O nosso.
Aquela ânsia da escolha que nunca terá um fim. Que não se espera.
Transformamos o infinito sinusoidal numa certeza inconstante mas exacta, perfeita e resistente.
A matéria é um segredo. Uma combinação de químicos que advém de dentro de nós  e explodem quando se cruzam.
Um suspiro. Um olhar. Um toque. Todos os dias. Perto ou longe.
Sacudo o peito, a alma e o coração. Esmago as entranhas porque não preciso mais delas. Enches-me na unicidade e completude de duas almas que há muito são gémeas.
A certeza que o nosso caminho se cruzaria advém da ancianidade longínqua dos tempos de outras vidas.
Sacudo o peito, a alma e o coração. Reservo-me para ti.
Amo-te.

1 comentário:

Gi disse...

Bonito texto!
A pessoa a quem ele se destina vai ter acesso a ele?
Era bom que tivesse...
Beijinhos*