Preocupa-me o mundo, a humanidade e as pessoas.
Cada dia que passa sou violentamente confrontada com desequilíbrios emocionais, apegos e manipulações irreversíveis do ego, dos outros e do nosso.
Não se ama porque amar magoa. Não se luta porque lutar fere. Não se dá porque dar tira de nós próprios. Não se pede porque pedir rebaixa . Não se vive, porque viver CANSA.
Não compreendo as pessoas, nem a sua desonestidade emocional. A enraizada incapacidade de ser verdadeiro, puro, e por consequência, livre. Todos os dias ouço histórias que me transtornam. De gente que se odeia ou que se ama em demasia.
Não há equilibro. Não há paz.
Assustam-me as pessoas. O respeito que perdem por elas próprias todos os dias, quando permitem que as enganem, que as manipulem, que as mal tratem, que as humilhem. Assusta-me a revolução do ego. Assusta-me este monstro que nos consome e desgasta irreversivelmente. Este cabo das tormentas inultrapassável. Esgotara-se o Bartolomeu Dias da nova era. Não se luta contra ele. Alimenta-se para que se encontrem justificativos de comportamentos aberrantes.
Não entendo.
E se por vezes desejo mudar o mundo, outras há em que me apetece desaparecer para sempre. Levar apenas as almas leves daqueles que tenha a certeza que amem. São poucos. Muito poucos. Chegam os dedos das minhas mãos para os contar a todos. Tão próximos. Tão meus. Tão doces.
Não entendo. Não entendo, porque é muito fácil Viver. Basta despir a armadura. Derrotar o ego. Aprender a Amar, a nós próprios e aos outros. Fazer o bem. Desejar o bem. E ser sempre verdadeiro. Viver, é isto. Apenas!
Por isso não entendo.
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