quarta-feira, 18 de julho de 2012

isto de viver fora da bolha...

Às vezes não é fácil superar esta instabilidade económica, social e financeira que estamos a passar. Eu digo muitas vezes, que nunca trabalhei tanto, que tenho dois empregos e 1/2, mas que na verdade finalmente consegui estabilizar as minhas contas e está tudo controladinho. Nunca estive tão bem!
Já não vejo notícias e a única coisa que desejo ouvir é a voz feliz da minha Mãe ao telefone e o coração a bater pausadamente no peito do amor da minha vida. Quero os meus com saúde, e a mim cheia de esperança e de garra, porque sei que assim jamais falharei!
É fazer trinta por uma linha (quase 32) para conseguir mimos e colo da vida. É muitas vezes sentir que o sol brilhar lá fora nem sempre chega, é preciso que brilhe cá dentro, muito, e que nos torre a pele ao contrário. Que nos doure a alma.
É preciso tapar os ouvidos ao pessimismo e gritar bem alto para que não ouçamos o eco infinitamente refletido de espelhos de mal-estar.
É preciso acreditar no Amor e na Amizade. Acreditar na confiança e aprender a conquistar e a ser conquistado.
Tenho conhecido mais salas de estar de casa de amigos, do que restaurantes. Tenho andado mais a pé do que de avião, tenho trabalhado mais horas do que dormido. Sim, temos feito muitos esforços, mas tem valido bem a pena!
Temos a vida repleta agora. Na certeza de que tudo vem a seu tempo. O bom e o mau. O mau para nos ensinar a mudar (à força) e para que aprendamos a valorizar o bom.
Não me canso de agradecer ao Universo a dádiva com que me presenteia todos os dias. Os Amigos, a Família e o meu emprego que adoro, na cidade do meu coração. Tantos sonhos realizados. Um de cada vez e bem devagarinho. Tantos outros por inventar e desenhar a lápis de cor, para ir refazendo consoante o vento e a vontade.
Mas... tenho medo. Não queria, agora, ter de mudar de repente… de novo… tenho receio desta instabilidade que se sussurra nos corredores da vida. Não queria sustentar a minha vida em influências que quebram como varas verdes sempre que se acena um maço maior. Dói viver fora da bolha.  

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