segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vou voltar a encher-me de tudo.

É a nostalgia e o medo que por vezes me levam a sentir a alma encharcada de tempo. Pinto de encarnado a fusão que me leva a alma ao corpo. Solto o cabelo e deixo que o ar e o vento me penetrem a face já seca. Respiro e não me encho de ar. Quase sufoco na ânsia que tortura o universo. O coração fica sem força para pedir e voz para se fazer ouvir. Quero agarrar-me ás certezas que nos fogem como areia na palma da mão, mas que nunca fica mais longe do que a distância do antebraço ao tornozelo. Só temos de saber olhar para baixo para compreender que é esse o espaço que nos separa destes pequenos seres que pintam de preto o céu e apagam o brilho do sol. Vou voltar a encher-me de tudo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Até já

Amo o meu emprego. Amo de paixão. Adoro olhar para os números e senti-los. Dar-lhes forma. Imagina-los e torna-los reais num futuro que precisamos de prever. Gosto de identificar padrões em cada momento. Perceber cada estrutura. Mas, o meu trabalho é imensamente desgastante. Exige atenção total. Faz-me perder a noção das dimensões, dos limites e das ordens de grandeza. Estou há cerca de 12 horas em guerra aberta com eles. A organiza-los. Coloca-los no seu devido lugar, mas, agora, sinto-me um pouco cansada e confusa. O meu cérebro pede-me para parar um pouco. Um pouco apenas, porque já já vou ter de continuar. Sei que não conseguirei descansar enquanto não tiver a certeza de que tudo é possível. E eu sei que o limite sou eu. E eu sou como os números naturais. Inteira e infinita :)! Até já!

Sempre tu :)

Nem mais

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eu sei, eu sei


mishuo

nos dias que correm não devia... mas não resisti...
e também comprei dois vestidos e um casaco...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

N.M.MIN


O espelho olha para mim
e balbucia
e o meu ouvido não ouve
e os meus olhos não vêm.
Para perceber bem
preciso,
se calhar,
nascer novamente!

Nada acontece por acaso.

Nada acontece por acaso. Tudo o que a vida nos tira como uma mão devolve mais tarde com as duas e explica porquê. Basta estarmos atentos, ter paz de espírito, esperança, pensamento positivo e merecer. Por vezes não conseguimos compreender as razões que nos levam num caminho cuja direcção desconhecemos. Porque parece tudo ser tão difícil e injusto, mas depois, mais tarde (por vezes muito mais tarde) percebemos tudo direitinho.

Hoje desejo que, com calma, o universo coloque as estrelinhas a brilhar ao lado das pessoas que mais amo. Que lhes dê paz. Que as faça sentir o verdadeiro e incondicional amor.

Eu que só gosto de filmes de amor com final feliz, espero que este seja uma trilogia e termine em comédia romântica.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ser criança para sempre.

Eu tenho um sonho, simples. Ser criança para sempre. Na inocência plena de quem não conhece desacreditar, na surpresa hilariante da visita à vida como se fosse sempre pela primeira vez. Na ansiedade do próximo chocolate. Na alegria do novo presente. Da descoberta dos novos caminhos. Na definição das novas metas. Do encantamento. Brilho. Pureza.

Eu tenho um sonho, simples. Ser criança para sempre. Continuar a ver fadas e elefantes nas nuvens, fazer castelos de areia e dormir abraçadinha. Rir-me sem controlo, chorar porque caí e não ter medo de ter medo.

Arriscar sempre. Descobrir o mundo e os sabores do mundo. Beber limonada e comer bolas de Berlim na praia. Aprender a contar. Aprender a ler. Aprender a ouvir. Aprender a crescer. Todos os dias. Eu, criança, tenho um sonho de criança. Ser assim, criança para sempre.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Porque isto...

Porque há homens e Guerreiros. Há Almas, amadores e desalmados. Porque há Abraços e apertos. Há Esperança e desejos. Justiça e universo. Porque há quem lute de peito aberto e quem nem sequer lute e se encolha nas sombras. Há quem se despoje de armaduras e de medos e há quem viva em nuvens de algodão, lá longe sem querer saber.

Porque isto do que chamamos Vida com alguma desavergonha e leviendade, tem muito que se lhe diga. Porque viver é muito mais do que a rotina, do que um abrir e fechar olhos para acordar de manhã e adormecer ao final do dia. Porque são necessárias noites em claro. Porque precisamos fechar os olhos em momentos claros de dor.

Porque a isto a que chamamos Amor, com facilidade e trivialismo, é muito mais que uma troca de experiências. Muito mais do que dar e esperar receber em troca. Muito mais do que sofrer de saudade e ter medo da perda. Isto a que chamamos Amor é uma construção que demora anos na sua base. Que sobrevive a verdadeiras catástrofes. Que une mais em cada uma delas. Isto, a que chamamos Amor, espera-se. Sente-se. Vive-se de forma despojada e descomprometida com a externalidade. Isto a que chamamos amor é raro, único, sólido, verdadeiro e transparente. 

Porque isto a que chamamos Amor é amizade que temos de conseguir diária. É cumplicidade. Desordem e caos. É duro mas ajuda a crescer. Amizade é união. É força. É razão. Amizade é luz, clarividência, tranquilidade e certeza.

E isto a que chamamos família, é muito mais que genes e sangue. É amor, é amizade é vida. É a verdadeira construção sedimentada nas bases a que se sobrevive de qualquer intempérie. A família que não escolhemos mas que amamos e aquela que temos a ilusão de escolher (já estava lá para nós, sempre esteve) são o nosso suporte. A nossa convicção. O nosso porto mais que seguro, onde tudo é ameno, doce e certo. Onde a verdade tem de reinar. Onde a união faz a força e onde tudo só faz sentido assim.

E porque há homens e verdadeiros Guerreiros. Porque há a ilusão de amar e o verdadeiro amor, temos os Amigos e aqueles que se cruzam apenas na nossa vida, a verdadeira família e os laços de sangue, desejo sempre, e para sempre que o  Homem da minha vida e a família que escolhi próxima de mim, sejam os meus melhores amigos e me façam sentir no mais intimo da minha alma o verdadeiro amor.

Obrigada a todos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Se eu fosse...

Se eu fosse um mês seria... Setembro

Se eu fosse um número seria... 13
Se eu fosse um planeta seria... Plutão
Se eu fosse uma direcção seria...o sentido da minha vida
Se eu fosse um móvel seria... uma cadeira de balancé
Se eu fosse um líquido seria... água
Se eu fosse um pecado seria...gula
Se eu fosse uma pedra seria...a pedra lua
Se eu fosse uma fruta seria... um morango
Se eu fosse uma flor seria...um girassol
Se eu fosse um clima seria... ameno
Se eu fosse um instrumento musical seria... uma arpa
Se eu fosse um elemento seria... fogo
Se eu fosse uma cor seria... azul
Se eu fosse um animal seria... águia
Se eu fosse um som seria... um beijo
Se eu fosse uma canção seria... todas as que me arrepiam
Se eu fosse um perfume seria… o da natureza
Se eu fosse um sentimento seria... Amor
Se eu fosse um livro seria... um pouco de todos os que li
Se eu fosse um filme seria... o filme da minha vida
Se eu fosse uma comida seria… sushi
Se eu fosse um cheiro seria… o meu
Se eu fosse um verbo seria... Viver
Se eu fosse uma peça de roupa seria... um lençol
Se eu fosse uma parte do corpo seria... cérebro
Se eu fosse uma expressão seria... vive em paz
Se eu fosse uma forma seria... Irregular
Se eu fosse uma estação seria...Verão
Se eu fosse uma frase seria... Nada vence a força da verdade e do Amor!

O mundo de hoje (há tantos anos atrás)

«Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio: a incapacidade de pensar, a amoralidade e a hiperexcitação.»
*
«A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver, e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.»
 
in "Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

inveja ou fome alheia

conheço um poeta

que diz que não sabe se a fome dos outros
é fome de comer
ou se é só fome de sobremesa alheia.

a mim o que me espanta
não é a sua ignorância:
pois estou habituado a que os poetas saibam muito
de si
e pouco ou nada dos outros

o que me espanta
é a distinção que ele faz:
como se a fome da sobremesa alheia
não fosse
fome de comer
também.


Alberto Pimenta

...

*
Que os anjos e os deuses nos protejam.
Que mantenham a minha força, paz e serenedidade.
Que todos os desejos se realizem e que a minha visão continue a ser clara.
*

Podia ter sido eu a escrever isto:

Nunca soube ao certo qual seria o meu limite, o meu ponto de ruptura, o que me faria voltar as costas e simplesmente ignorar, esquecer e enterrar assuntos e pessoas. Nunca tive força suficiente para arranjar um e cumpri-lo à risca. Discussões, mentirinhas, mal entendidos, o diz que disse e nunca se sabe quem diz o quê, o ser uma opção e não a escolha... passei por tudo e mais ainda mas nunca fui capaz de assumir a postura de: -magoaste-me, não quero mais...Tenho memória muito curta. Sou capaz de "perdoar" (não esquecer) o mal que me fazem em poucos dias e voltar a sorrir passado pouco tempo. Mais do que isso, sou capaz de não exteriorizar o descontentamento e a raiva, por medo, inseguranças e por aí fora.. Fica tudo igual, numa normalidade anormal. Tenho para mim, que nestes últimos dias deparei-me com um bocadinho do principio do que será o meu limite, que já tanto procurei. Verbalizei-o com um desisto... E tudo o que é verbalizado fica mais real, parece mais a sério, deixa de ser uma coisa só imaginária da minha cabeça. Não foram as mentirinhas ou desconfianças nem mal entendidos. Não foi a falha e a falta de comunicação. Foi definitivamente a desvalorização. E com isso não, não estou a conseguir lidar...  Sinto-te a falta

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nelson Mandela

"Ao avaliarmos a nossa evolução enquanto indivíduos tendemos a concentrar-nos em factores externos como a posição social, o poder de influência e a popularidade, a riqueza e o nível de instrução. Estes são, de facto, factores importantes para a avaliação do sucesso individual no que se refere a aspectos materiais e é perfeitamente compreensível que muitas pessoas se empenhem em alcançá-los. Existem no entanto factores internos que podem ser ainda mais decisivos na avaliação de uma pessoa enquanto ser humano: a honestidade, a sinceridade, a simplicidade, a humildade, a generosidade, a ausência de vaidade, a disponibilidade para ajudar os outros - qualidades ao alcance de todas as almas – constituem os alicerces da vida espiritual de cada um de nós. A evolução em matérias desta natureza é impensável sem uma introspecção séria, sem nos conhecermos a nós próprios, sem conhecermos as nossas fraquezas e os nossos erros. No mínimo, se não nos der mais nada, a cela proporciona-nos a oportunidade de analisarmos todos os dias a nossa conduta na sua globalidade, de ultrapassarmos o que de mau houver em nós e desenvolvermos o que possamos ter de bom…”


De: Nelson Mandela (excerto de carta escrita na prisão de Kroonstad a 01.02.1975)

...nem quero...

O mundo é mesmo assim. Rendo-me. A natureza humana é esta.

Não há, objectivamente nada, a fazer. Prevaleçam os mais fortes. Renasçam da cinza almas e chamas. Que se misturem.

Os princípios são comuns. As leis universais. Os objectivos únicos.

Eu não pertenço a este mundo. Nem quero.

Charles Chaplin

Hoje levantei-me cedo a pensar no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está a chover, ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro, ou sentir-me encorajado para gerir as minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre a minha saúde, ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu queria, ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar, ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico, ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos, ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não sairam como planeei, posso ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar. O dia está à minha frente, à espera para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tudo Passa

Tudo passa. Tudo. A impertinência da impermanência é uma inevitabilidade. Certo é o presente agora. Este momento. O que passou já passou, o que ainda está para vir ainda não veio, portanto resta-me aprender a viver o momento presente, em paz, em harmonia comigo e com o meio.
Não posso permitir que os fantasmas menos brancos me invadam, que os medos sem adrenalina me esvaziem, nem tão pouco que as incertezas me desequilibrem. Espero assim, viver numa corda bamba que me enfeita os pés. Aprender a viver assim. Sem montanha russa e sem plano B. Sem armas. Sem armaduras. Sem defesas e sem máscaras de mim própria. Como quem muda a cor de cabelo e faz de conta que o sorriso já não é o mesmo.
Estes ladrões arrancam-me a alma cada vez menos. Cada vezes menos vezes. Resgatei-a sempre e desenvolvi armadilhas para lhes fazer cócegas acabando quase sempre todos sempre a rir. Naquele final feliz de histórias que não duram uma hora. Que dão trabalho e provocam dor e terminam sempre em bem e pelo bem. Abrimos os presentes de laços encarnados e corações batidos. Damos mãos de dez dedos entrelaçados. Despojados de ouro e anéis. Amamos sem pedir em troca. Devemos. Despojamos. Amamos.
E é neste ciclo de luz de várias cores que me ligo ao mundo, aos medos, aos fantasmas. É neste ciclo que se abre e fecha sobre ele próprio que me vou encontrando e despindo. É neste ciclo longo e infinito, nem sempre ascendente, que me surpreendo e cresço.
E é agora. É agora o momento para acrescentar o dourado que faltava a este arco-íris a que chamo vida e a esta musica que nem sempre danço. É agora. O momento é este. Vamos viver.

Agora já...

Já fez um mês que me vim embora de Lisboa. Já fez um mês que comecei o meu novo emprego, a minha nova casa e a nova antiga cidade. Fez um mês que carregamos dezenas largas de caixas, caixinhas e caixotes. Fizemos centenas de kilómetros. Descarregamos as mesmas caixas, caixinhas e caixotes. Arrumamos tudo. Arranjamos uma empregada e uma rotina. Já me habituei à nova casa, aos novos horários, ao novo emprego e à nova antiga cidade. Já. É verdade.
Já me sinto confortável porque já sei como que posso contar. Sei o que é certo, sei o que ainda é variável, mas tudo se encontra em equilíbrio e passou a ser mais confortável para mim. Estou melhor agora. Já consigo respirar e dormir.

Tão mas tão grata...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Hoje e para o resto da vida

Quero continuar a voar...

Terceiro presente de 2011

*
Mais um espaço novo. O crescimento profissional da pessoa que mais amo em franco crescimento.
Boa sorte para ti, meu amor.
*

Segundo presente de 2011

*
Acabei de ser convidada para madrinha de casamento de uma das minhas melhores amigas :)!!!
*

E o primeiro presente de 2011

*
É a certeza de ter feito uma nova verdadeira amiga.
A ultima vez que aconteceu havia sido em 2008!
*
Naturalmente não estou a falar da minha nova, linda, maravilhosa familia :)!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E nos próximos 10 anos...

Espero mudar para a nossa casa definitiva. Com jardim, 4 quartos, um escritório e um barbecue. Se calhar mudo de emprego mais uma vez mas para a minha própria empresa. Quero chegar a ganhar 10.000€ por mês. Vamos comprar um Range Rover e um Siroco. Quero ter 3 filhos e ainda vê-los a falar e andar. Quero ir a Jamaica, Austrália, Cuba, Índia e Botão. Quero passear de barco em Veneza e fazer sky. Quero aprender a fazer wind-surf e kite-surf à séria. Quero ter um barco à vela para passear com o meu amor e com os nossos filhotes, todos de colete encarnado a imitar a Júlia Pinheiro em alto mar. Os gémeos e a Francisca. Quero ver o Ricardo a ser o melhor naturopata do mundo, ajudar muitos jovens a serem alguém na vida. Quero ver a Irene com o mesmo sucesso de sempre. A D. Olívia a tratar dos netos e o Marquinho  a passear com os sobrinhos no parque. Quero ver todas as minhas amigas realizadas e felizes. Quero que a minha mãe e o meu pai vão passar férias ao Brasil e que a minha irmã tenha o casamento com que sempre sonhou. Quero que os meus avós continuem perto de nós e festejem 100 anos. Quero aprender a fazer um streeptease sem vergonha já depois dos 3 filhos. Quero continuar a sentir saudades dois minutos depois de sair de perto de ti. E de todos os que amo. Quero continuar a ser criança e inocente. Quero continuar a ter o cabelo comprido. Não quero experimentar mais drogas nem voltar a ficar doente. Quero fazer parapente, bungee jumping  e saltar de um avião. Quero fazer uma festa de arromba aos 40 com uma família gigante e todos os amigos que tenho hoje. Quero começar o plano para viver para sempre em Martinica. Quero continuar a ser feliz como hoje. Inscrever-me num ginásio e frequentá-lo. Continuar a amar Matemática e fazer dela a minha vida profissional. Quero meditar mais. Ser mais tolerante e menos ansiosa. Confiar mais em mim. Gostar mais de mim. Dedicar-me. Quero visitar as cataratas de Niágara. Quero visitar as Ilhas Gregas de barco. Conhecer o Dalai Lama. Construir a instituição de sem abrigos com o meu amor. Pô-la a funcionar e doar todo o dinheiro a quem precisa. Quero ser voluntária. Quero aprender a fazer jardinagem e tricô. Aprender a falar chinês e alemão. Continuar a gostar de musica, de teatro e de cinema. Quero continuar a dizer que o nosso país é o melhor para passar férias e comer bem. Apreciar bom vinho. Ter uma lareira. Namorar à lareira para sempre. Não ter as primeiras rugas nem os primeiros cabelos brancos. Quero fazer um curso de massagem, fotografia, artes e aprender a dançar. Quero ter mais confiança em mim. Não ocupar os meus pensamentos com dúvidas e incertezas. Acreditar mais. Desenvolver o meu interior. Quero ser presidente de uma coisa qualquer. Voltar a pintar. Quero pintar um quadro do meu tamanho. Quero voar e aprender a rezar. Não quero voltar a morrer. Quero ser reconhecida pelo meu valor intrínseco. Quero amar mais e dizer mais vezes ”amo-te”. Quero sentir e sonhar. Quero realizar todos os meus sonhos. Ser mais amiga. Maior. Continuar a acreditar em milagres e vê-los acontecer. Ser menos ansiosa e mais paciente. Quero plantar flores e oliveiras. Ler mais livros. Escrever o meu. Ter uma casinha de madeira à beira mar. Passear mais no mar. Ter 5 bicicletas (uma para cada um). Ter uma mota. Fazer uma viagem no deserto de mota. Ir a Paris contigo. Continuar a fazer amor com a alma, sentindo cada poro do nosso corpo. A intensidade. Quero abraçar-te todos os dias como se fosse o primeiro. Como se fosse o último. Quero continuar a viver. A teu lado. Ao lado dos que mais amo. Sempre próxima. Quero que daqui a 10 anos esteja aqui a planear mais 10. Igualmente doces. Igualmente reais. Com a mesma força e vontade de vencer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Porque a Pólo Norte me inspirou ;)...

Nos últimos 10 anos terminei a Licenciatura em Matemática e o mestrado em análise de dados. Tive o meu primeiro emprego, o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto. Mudei de casa 15 vezes. Vivi num T0. Fui a Paris, Londres, Amesterdão, Madrid, Barcelona, Sevilha. Conheci Portugal de lés a lés. Não fiz sky nem atravessei o atlântico. Li mais de 200 livros mas continuo a detestar falar inglês. Criei 12 blogs, 11 anónimos que entretanto resolvi eliminar. Apaixonei-me várias vezes. Por muitas coisas. Desiludi-me outras tantas. Fiz muitos muitos amigos. Perdi alguns. Para sempre. Tive um processo em tribunal que ganhei. Comprei 4 carros. Não consegui comprar o que mais desejava. Fiz muitas asneiras das quais não me arrependo nadinha, mas fiz uma que não voltaria a fazer. Defini o meu rumo profissional de forma irrepreensível mas ainda não aprendi a amar-me nem a valorizar-me como deve ser. Não tive um filho nem tenho a minha própria família. Tive o meu primeiro cão, o kikinho. Morreu o meu kikinho. Perdi o meu avô. Ganhei uma nova avó. Andei na montanha russa mais alta e rápida do mundo. Fui a Disneylandia e subi a torre Eiffel. Comi o melhor bolo de chocolate do mundo. Cometi o maior erro da minha vida e sofri demasiado com ele. Estive muito muito doente e fiquei boa. Aprendi que afinal a espírito e a mente são subjectivos mas existem. Colhi flores plantadas pela minha mãe e vi a palmeira mais pequena que eu quando plantada estar agora maior do que nossa casa. Chorei muito. Engordei 12kg e emagreci 10kg. Sai de casa dos meus pais e nunca mais voltei, mas continua a ser a minha casa. Fiz mais de 500.000km de carro. Quase fui trabalhar para o Dubai. Pintei o cabelo de loiro e no dia seguinte voltei a pintar de novo de castanho, queria saber com ficava e ninguém reparou. Achei que estava apaixonada pela vida só porque tinha o coração sempre acelerado. Acalmou. Aprendi a cozinhar. Aprendi a gerir o meu próprio dinheiro. Aprendi a merece-lo. Percebi o que é realmente importante. Experimentei muitas coisas só para poder dizer aos meus filhos como é. Aprendi fotografia e fiz um curso de escrita criativa, um de teatro, outro de ilustração, um outro de sushi e de scrapbooking. Perdi a cabeça vezes sem conta. Nunca menti. Nunca trai. Nunca enganei. Fui inocente e continuo a sê-lo. Quero continuar assim. Vi o meu Pai chorar. Vi a minha Mãe chorar. Vi uma parte importante da minha família desfazer-se. Percebi que há amigos que são muito mais sólidos e importantes que família. Fiz o meu mapa astral e uma consulta de tarot. Não tive acidentes de carro. Caí. Magoei-me. Fui operada algumas vezes. Enganei-me. Iludi-me. Cresci muito. Perdi 80€ a jogar lerpa a 0,01€. Investi na bolsa. Aprendi o que são mercados financeiros. Ganhei muito dinheiro. Perdi-o. Inscrevi-me em 5 ginásios mas não frequentei nenhum. Vivi no Porto, em Lisboa e pelo caminho. Fiz amigos no país todo. Quase morri. Acampei. Fiz um boneco de neve. Remei numa canoa e aprendi a meditar. Dei de alma e coração mas fui roubada. Assaltaram-me 5 vezes. Nunca me fizeram mal. Parti o coração quando me despedi. Ainda parto quando me despeço. Realizei todos os sonhos que tinha até aos trinta anos. Em breve vou refazer esta lista para os próximos 10. Passei a gostar de vinho e de café mas nunca fumei. Comi um space cake inteirinho e falei com árvores. Apaixonei-me por elas. Ia viver com elas para a Pensilvânia se fosse preciso. Esqueci-me de engolir o que estava a comer. Comi sushi. Passei a adorar sushi. Sou viciada em sushi. Comi duas tabletes de chocolate seguidas. Viajei dezenas e dezenas de vezes de avião mas não perdi o medo de levantar voo. Comprei uma wii, 4 computadores, um ipod e 10 telemóveis. Tenho um perfil no hi5, msn, linkedin, twitter, skype e facebook. Adoro o Android. Fugi ao fisco e à policia. Tive uma multa porque não gostava do amarelo da matrícula do carro e pedi para o tirarem. Passei a adorar teatro e cinema. Adoro música difícil. Nunca disse amo-te sem o sentir. Disse-o muito poucas vezes. Encontrei o amor da minha vida. Desejo que seja para sempre. Nestes 10 anos pautei a minha vida pela estrutura que desejo em que os próximos se sustentem. Vivi, apenas vivi de alma e coração e fiz tudo o que estes mandaram.

Agora, já...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pens...ar...

*
Pensar muito. Pensar pouco. Nem pensar.
Envolvo-me em pensamentos directos do coração. Directos da alma.
Nem sempre verdadeiros. Nem sempre justos, comigo mesma.
Canso-me e luto contra eles. Nem sempre venço.
Exausta, hoje.
*

Há um tempo

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa

sábado, 1 de janeiro de 2011

2011

Que neste ano possamos sonhar,
E acreditar, de coração, que podemos realizar cada um dos nossos sonhos,
Que esses sonhos possam ser compartilhados pelo bem,
E que eles tenham força de transformar velhos inimigos em novos amigos verdadeiros,
Que neste ano possamos abraçar,
E repartir calor e carinho,
Que isso não seja um acto de um momento,
Mas a história de uma vida.
Que neste ano possamos beijar,
E com os olhos fechados, tocar o sabor da alma,
Que tenhamos tempo para sentir toda a beleza da vida,
E que saibamos senti-la em cada coisa simples,
Que neste ano possamos sorrir,
E contagiar a todos com uma alegria verdadeira,
Que não sejam necessárias grandes justificações para o nosso sorriso,
Apenas a brisa do viver,
Que neste ano possamos cantar,
E dizer coisas da vida,
Que não sejam apenas músicas e letras,
Mas que sejam canções e sentimentos,
Que neste ano possamos agradecer,
E expressar a Deus e a todos: “Muito Obrigado!”,
Que nesse “todos” não sejam incluídos apenas os amigos,
Mas também aqueles que, nos colocando dificuldades, nos deram oportunidades de sermos melhores.
E assim começamos mais um Ano Novo,
Um dia que nasce, um primeiro passo, um longo caminho,
Um desafio, uma oportunidade e um pensamento:
Que nesse ano sejamos, Todos, Muito Felizes!